segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Aquele tempo que não vai voltar, toda uma vida a se perguntar...

Abraço o escuro pra sentir o arrepio que o medo me dá. Abraço corpos mortos pra tentar descobrir como é o lado de lá. Abraço as infinitas dúvidas para garantir que sempre as terei por perto. E sem entender como, me perco dentro desses abraços... Ao som da rua, eu saio na calçada e minhas mãos condenam o frio que sinto por dentro. E antes que meus pés me perguntem para onde irei, dou a eles a liberdade de decidir. Me engano sempre que tento contar as inumeras vezes que derrepente fiquei sozinha em meio a pessoas vazias... Não que eu seja um poço de conteúdo e virtudes, mas de alguma forma algum detalhe sempre me preenche. Tento, tento, mas não consigo ficar presa na solidão... Não tem jeito, não sou digna de recebe-la em mim! Enquanto isso, voam pensamentos... voam teorias... voam intenções. E voam pra onde? Pra fora de mim. (Raíssa C. Momesso)

3 comentários:

  1. É bom ter dúvidas e tentar compreendê-las... É bom também perceber que há mesmo coisas que nunca se conseguirão entender.
    Gostei desta ideia "E antes que meus pés me perguntem para onde irei, dou a eles a liberdade de decidir.". Também gosto de me entregar a essa liberdade.
    Quanto à solidão... é sentimento que me "prende" e sei que estará sempre presente.

    Gosto de ficar assim , a pensar nas suas palavras que me dão liberdade aos meus pensamentos e voam "Pra fora de mim".

    Beijinhos!

    ResponderExcluir
  2. E que continue voando a solidão... mas às vezes ficar quietinho tbém é bom...'tenho tido dias lindos, mesmo quietinhos'-(caio fernando abreu)... Por isso, não se perca, saiba voltar! Bjs*

    ResponderExcluir
  3. Gente, de onde sai tanta inspiração? Hahaha.

    Texto ótimo, como sempre. =)
    Beijos.

    ResponderExcluir