terça-feira, 8 de junho de 2010

Te colocar sobre as minhas asas, te apresentar as estrelas do meu céu...

No intimo todos nós somos frágeis... Há aqueles que basta uma canção ou uma memória congelada numa foto para despertar a emoção, e há aqueles que precisamos cavar mais fundo para fazer escorrer uma lagrima; mas todos nós somos frágeis. É psicologicamente, fisicamente, emocionalmente, cientificamente impossível existir um corpo isento de dor e paixão, de angustia e confusão, um corpo que consegue passar uma vida toda sem o calor de um corpo alheio. Há quem tenha a habilidade de brincar com os sentimentos, manuseando-os com extrema facilidade e decidindo a hora certa de cada um agir, e há quem se afogue em qualquer minima emoção e transforme uma gota em mar.
Lidar com a fragilidade é algo muito pessoal... Cada um cuida da sua como bem consegue. Deixar transparecer, esconder para os outros menos pra si, esconder para todos inclusive pra si... Particularidades existentes em todos, mas que ninguém consegue decidir. Podemos escolher como vamos dormir, como vamos nos vestir, como vamos andar; mas não podemos escolher como vamos sofrer e nem porque vamos sofrer. E ao contrário de como é visto, o sofrimento é, para nossa vida, como se fosse o cálcio em nossos ossos... Fundamental! Se tudo fosse fácil, se tudo fosse belo, nada teria intensidade, nada teria profundidade... Se tudo fosse fácil seria um tédio!
Por mais frágeis que todos nós somos, felizmente não podemos nos quebrar. Partir-nos é o limite. E juntar os nossos pedaços durante toda a nossa vida para reconstruirmos-nos a todo instante, é a cruz que nos é enviada desde o primeiro choro que damos como sinal de vida.
Escolha a razão para o brilho dos teus olhos mas não de limite para a intensidade desse brilho, escolha qual boca tu vais beijar hoje, mas nao escolha o sabor desse beijo, escolha viver só não escolha como... Limite as suas escolhas e não o reflexo delas.
E sobre a fragilidade... Esqueça, ela é tua e todos nós (eu disse todos nós) temos a nossa. Tentar fugir dela é correr em vão, é cansar em vão. (Raíssa C. Momesso) 

Um comentário:

  1. Nossa o texto é realmente expressivoo.....tal como o mar é mar e a gota é gota!!!

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